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18 de julho de 2012

Em post no Facebook, Ed Motta bate de frente com a 'modinha' dos lançamentos em vinil no Brasil

Ed Motta: "lançar disco em vinil virou um negócio meio de boutique, de tendência, do "tá se usando isso" etc."

Por Leonardo Alcântara - twitter: @jazzmanbrasil

Em post publicado nesta quarta-feira (18), em sua fanpage no Facebook, o cantor e instrumentista Ed Motta detona o atual 'boom' dos lançamentos em vinil no Brasil. Adepto assumido dos 'bolachões', o artista considera 'irritante' essa modinha entre os artistas brasileiros: "No Brasil existe um boom (des)engraçado dessa história "meu disco vai sair em vinil também". Pessoas que não tem toca disco em casa, não escutam vinil querem seus lançamentos em vinil por ser moda, "hype", etc.". E o músico ainda completa: "Caramba tudo que eu quero evitar é que meu disco saia em vinil rsrs, pra mim perdeu a graça, tem marujo demais nesse barco... A burguesada do rock 80 redescobriu o vinil, esse é o ápice do out."

Confira o post na íntegra:

Vinil #nareal é #muitavibe eu #piro com vinil. #fodástico. Gimme a break... 


Quando o cd apareceu nos anos 80 eu fiquei fascinado com a limpeza do som, a capa miniaturizada, e fui levado pelo grande engano : cd não arranha etc.

Nunca abandonei os LPs muito porque milhares de artistas e títulos não existiam, e ainda não existem em cd.

Eu pude perceber a superioriade sônica do vinil quando consegui no começo dos anos 90, um toca discos alemão EMT, era da Som Livre, Rede Globo.

Nolan Leve técnico da Som Livre colocou o Blow By Blow do Jeff Beck em cd, e em seguida o vinil brasileiro do mesmo disco, cortado com pouco grave etc. O timbre do som que saia da EMT parecia uma fita, parecia que estava no estúdio escutando a sessão aberta.

A grande diferença está no som, não é a capa que é bonitinha etc.

A música realizada no processo analógico ganha ainda mais harmônicos, nuances com o vinil que é uma mídia analógica.

O que foi gravado digital (tudo hoje) tem algum charm no vinil mas e bem diferente e sonicamente inferior (estética) ao que era feito na fita.

Essa moda de vinil é realmente irritante para quem sempre acompanhou esse mundo muito antes de ser "trendy".

No Brasil existe um boom (des)engraçado dessa história "meu disco vai sair em vinil também"
Pessoas que não tem toca disco em casa, não escutam vinil querem seus lançamentos em vinil por ser moda, "hype", etc.


Eu li essa semana via internet uma frase incrível de um apresentador da MTV e sobrevivente do pop rock medíocre dos 80 onde TODOS não sabiam e ainda não sabem nada nem aonde é o dó no piano : "estou compondo muito para um próximo CD. Aliás, CD não! Vou lançar em vinil! CD já é coisa de velho, quero lançar um vinil duplo, cheio de música nova”


Caramba tudo que eu quero evitar é que meu disco saia em vinil rsrs, pra mim perdeu a graça, tem marujo demais nesse barco... A burguesada do rock 80 redescobriu o vinil, esse é o ápice do out.


Eu só escuto vinil, só compro vinil, a música que me interessa não é da época do cd, mas lançar disco em vinil virou um negócio meio de boutique, de tendência, do "tá se usando isso" etc.
Assim como os instrumentos vintage, teclados etc. 


No Brasil a competição é só na questão conta bancária, musicalmente, sonicamente, estéticamente a imensa maioria só nada na parte rasa da piscina.


Merece usar o tal do #prontofalei rsrsrs. Que coisa terrível rsrsrs. E fecho com #fui #partiu rsrs. #ficaadica rs.


Jazz for Lovers
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3 comentários/comente ...:

LPG disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
LPG disse...

Ainda que eu entenda as razões que o Ed tinha/tem para elaborar tal opinião, o fato dele ter publicado a mesma (no modo #pronto,falei, como ele mesmo quis dizer) e justamente no Facebook nos faz pensar numa empenhada luta pela antipatia, uma esforçada campanha pela execração pública que o Eduardo vem nutrindo sistematicamente com novos argumentos desde a eclosão dos polêmicos [mamilísticos] e virtuais casos "Paula Toller" e as suas opiniões sobre a estética dos nativos brasileiros (essa última digna de fazer o Darcy Ribeiro querer voltar à vida para reescrever toda a sua obra), campanha essa capaz de chamar a atenção de qualquer psicólogo adepto da escola freudiana de análise. No entanto, como o que se diz na internet (sobretudo no Facebook) passa por um corredor semiótico de espelhos creio que há modos mais fáceis e diretos de obter o que nosso triste pierrot pleteia. Tatuar uma suástica no queixo (aqui no Brasil um tucano faz o mesmo efeito), atacar a família Restart-Luan Santana, criticar o catolicismo carismático, a isenção fiscal das igrejas, ser 'abortista' (existe essa palavra?) e favorável a eutanásia... Pra começar, bem que ele podia tirar uma foto de mãos dadas com o Maluf, que tal?

Gustavo Drummond disse...

Ed Motta, o cara mais chato do Brasil...pelo amor de deus...live and let live, dude!

 
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