Do O Dia
Rio - Na diversidade de ritmos da Baixada Fluminense, o jazz é um dos mais inusitados. E a Baixada Jazz Big Band mostra que realmente existe, e traz até no nome, a ligação do estilo de News Orleans com a região. Formado há dois anos por 17 músicos, o grupo virou referência para amantes do jazz. Atualmente, a big band tem palco fixo no Santo Scenarium, na Lapa, no Rio.
Mas o começo foi tocando na própria Baixada Fluminense, em espaços alternativos. “Gostaríamos que houvesse mais espaço para o jazz na Baixada”, diz o nilopolitano Altair Martins, um dos criadores do grupo.
A orquestra estreou no restaurante Estação Floresta, em Nova Iguaçu. “Depois, ficamos um ano e meio na Sala Municipal Baden Powel, em Copacabana. Já tocamos no circuito Sesc, em Duque de Caxias, São João de Meriti e Nova Iguaçu”, diz Martins.
Com repertório que busca lembrar as big bands do Cotton Club da Nova Iorque dos anos 1920, os shows da banda trazem alguns dos maiores sucessos da música americana do do século passado.
E recriam clássicos de Thad Jones, Bill Hollman, Sammy Nestico, Henri Mancini e Tom Jobim, entre outros. Sempre valorizando os metais, como cabe a uma big band. A Baixada Jazz Big Band é formada por José Maria, Danilo Sinna, João Batista de Morais, Fernando Trocado e Sérgio Galvão (saxofone), Altair Martins, Jorginho Marques, Diogo Gomes e José Arimatéia (trompete), Wanderson Cunha, Elizeu Candido, Libni Pimentel e Reynaldo Seabra (trombone) Ana Beatriz Azevedo (piano), Pedro Araujo (guitarra ), Rodrigo Villa (contra-baixo acústico) e Kleberson Caetano (bateria).
Próximo show da grupo será no dia 10 na Lapa
Toda segunda quarta-feira do mês big band toca no Santo Scenarium, na Lapa, fazendo uma das principais noites de jazz do Rio de Janeiro. Os músicos se apertam junto ao público no pequeno espaço da casa — com capacidade para 150 pessoas —, que está sempre lotada. Segundo o produtor musical do Santo Scenarium, Thiago Espósito, essa proximidade faz com que o show fique com clima mais íntimo. Este mês, eles se apresentam no dia 10 de outubro, e a entrada é grátis.
Os músicos têm também trabalhos alternativos. O trompetista Altair Martins está sempre envolvido com gravações para as trilhas incidentais das novelas da Rede Globo e de filmes, como ‘Heleno’. “É um trabalho que gosto de fazer”, diz.
O saxofonista João Batista de Morais costuma gravar nos Cds de alguns astros da música popular. “ Já participei de gravações da Sandra de Sá, Paralamas do Sucesso, Seu Jorge e Elza Soares, entre outros artistas”, conta João Batista.
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