Nina Simone, um coração em forma de música |
Por Leonardo Alcântara (JazzMan!)
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Há exatos 10 anos, o jazz perdia uma das suas vozes mais expressivas: morria, aos 70 anos, a cantora e pianista Nina Simone.
Poucas foram as cantoras que tão bem souberam confundir arte e sentimento, fazendo do canto não somente um ofício, mas uma mensagem, uma esperança, um meio de transformação. E sentimento e talento, Nina Simone tinha de sobra para quem quisesse.
Nascida em 21 de fevereiro de 1933, Nina Simone tinha no canto e na maneira de tocar, todas as vivências e percalços de uma mulher negra e pobre que passou por tudo e por todos para escrever o seu nome na história da música americana e se transformar em uma referência mundial. E mesmo passando por tanta dificuldade, tanto racismo, tanto ódio no coração de alguns infelizes, Nina refletia a esperança de uma sociedade mais justa, igualitária e de pleno amor para todos.
Entre as grandes divas do jazz americano, Nina foi uma das poucas que transitaram tão bem nas mais diversas vertentes, mantendo todo o primor e qualidade musical até o final da carreira. Além do jazz, Nina passeava com autoridade pelo blues, soul, gospel e tudo aquilo que representava a essência e a diversidade da música negra americana.
10 anos depois de sua morte, o nome Nina Simone permanece firme e forte entre as maiores lendas do Jazz. Sua luta, sua maneira original de tocar e cantar, fazem de Nina uma influência ilimitada, seja para os músicos ou para os entusiastas que buscam o melhor em qualidade musical.
Se foi a cantora, porém, acima de tudo, ficou um sonho em forma da mais divina arte. Mais do que uma grande artista, Nina provou que nada consegue ser mais forte do que a força de um coração em forma de música.
Obrigado, Nina!
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