Emanuel Hilgenberg |
O cd Multiverso |
Com ritmos bem variados e bem brasileiros misturados com o frescor do jazz, Emanuel sola e improvisa sua guitarra Epiphone 335 com a clareza e a destreza de quem chega para mostrar o seu valor e autoridade para inserir o seu nome no cenário da música instrumental brasileira. Sem medo de investir em horizontes distintos, o guitarrista agrada pela a dinâmica e concepção de se alternar andamentos, em harmonias simples, porém bem trabalhadas, fazendo de Multiverso uma agradável surpresa.
O disco foi gravado entre Janeiro e Maio deste ano, no Nave Studio em Juiz de Fora e no Estúdio Guidon em São Paulo e conta com a participação de grandes nomes da cena instrumental, como Fabiano de Castro no piano, Ricardo Itaborahy nos teclados, Vinicius Dorin nos sopros, Dudu Lima no contrabaixo e Gladston Vieira e Leandro Scio na bateria e Marcelo Hilgenberg, pai de Emanuel, que assina a composição das 7 músicas, além de também tocar violão.
Ao comentar a sessão de gravação do seu novo álbum, Emanuel ressalta que "fiz os arranjos em cima de composições do meu pai, Marcelo Hilgenberg, buscando interação entre os músicos, sempre com um espaço para a improvisação".
E faz questão de acrescentar: "Todos os músicos gravaram com a maior boa vontade, alguns são amigos do meu pai, e já haviam gravado com ele. O processo de gravação é algo muito interessante. Além do aprendizado de estar se ouvindo, ainda existe a influência direta dos outros músicos, que deram todos uma soma para o resultado final do disco".
Emanuel que começou no ouvindo rock, teve no seu pai a ponte a inspiração para adentar ao mundo do Jazz:
"Comecei a querer tocar após assistir à uma gravação do meu pai em um estúdio. Passei pelo rock instrumental até chegar no Jazz. Hoje temos um duo chamado "HILGENBERG JAZZ" em que tocamos Standarts e músicas próprias. Já fizemos muitas apresentações, o que está sendo ótimo para o meu desenvolvimento estar tocando sempre para um público diferente".
Seja no Rock ou no Jazz. Emanuel Hilgenberg é uma grata surpresa pela maneira que lida com a música e sua autoridade sobre por ela. É uma prova viva de que senso comum é uma mera preguiça de lidar com o novo e o novo está aí para quem tiver disposição. Aguardo ansioso por novos voos e novos solos.
Como diz um velho compositor brasileiro: "Evoé, jovens à vista!".
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