Evento, que inicia dia 14, contará com grandes artistas da Baixada – expectativas são as melhores
De 14 a 17 de junho, Santos, no litoral paulista, será a capital nacional do jazz. O Santos Jazz Festival reunirá, neste período, 200 músicos, em 21 apresentações e 40 horas de música. Tudo gratuito. O evento terá grandes nomes do cenário nacional e internacional: Hermeto Pascoal, Yamandu Costa, André Christovam, entre outros. Porém, não abre mão de sua raiz santista: a maior parte da programação conta com artistas da região: Trio Cor das Cordas, Babi Mendes, Sambália Trio, Déborah Tarquínio, Orquestra Sinfônica Municipal, Jazz Big Band, Kika Willkox, Mauro Hector Trio, Quarteto Simonian, Maurício Fernandes Trio, Celso Lago, Alexandre Birkett, Robson Nogueira. Um verdadeiro “quem é quem” do jazz e da música instrumental na Baixada. Mais Arismar Espírito Santo, Hildebrando Brasil e Roberto Sion, que possuem carreiras de destaque fora do país.
“Trata-se de um evento esperado há muito tempo e por muitos músicos, pois esse segmento não costuma ter um respaldo muito grande, e graças ao empenho desses agentes culturais, poderemos tocar em um festival que abre espaço para os músicos locais, e nos dá a chance de tocar ao lado de ídolos”, comenta José Simonian. O experimente músico se apresentará com seu quarteto, junto de Hildebrando Brasil e Bocato, dia 15, 20h, na Rua XV de Novembro. No show, um mix do jazz contemporâneo nacional e internacional, canções de Hermeto Pascoal, Tom Jobim, Miles Davis, Charlie Parker, e outros grandes nomes do gênero.
“Já era hora de Santos ganhar um festival desse porte. Nossa já conhecida hospitalidade, clima agradável, proximidade com a capital paulista e berço de tantos talentos agora espalhados pelo mundo nos credenciava há tempos para isso”, afirma o guitarrista Edinho Godoy, que se apresentará com o Trio Cor das Cordas, cujo show acontece dia 15, 17h, na Bolsa do Café. “Esperamos brindar o público com uma apresentação à altura da grandeza do festival. São arranjos de canções de Edu Lobo, Milton Nascimento, Tom Jobim, Djavan e Ivan Lins, além de composições próprias, adaptados à formação de trio de violões mais percussão”, diz.
Para o guitarrista Mauro Hector, a cidade merecia há tempos um festival desse porte. “É um evento que tem tudo para figurar no calendário oficial de Santos. Assim como gêneros musicais populares têm espaço, é importante ter um evento que abrace a música instrumental”, afirma. Em seu show, dia 15, 22h, na Rua XV, ele subirá ao palco com o trio e levará à plateia um set list baseado em jazz e blues, compilando faixas de seus três CDs. “Só fiz uma apresentação, no Sesc, mas como o Jazz tem o improviso, as pessoas verão algo inédito. Também faremos uma homenagem ao Wes Montgomery.”
“Nós já temos o Festa, na área de teatro, e o Curta Santos, na área de cinema. O Santos Jazz Festival vem para somar. Vem para firmar a cultura na cidade”, ressalta o pianista e tecladista Theo Cancello, integrante do Sambália Trio, que toca dia 17, 13h, na Bolsa do Café. “O Festival faz com que nossos músicos se animem, voltem a vasculhar a velha pasta com partituras empoeiradas em busca de sua arte. Sem falar no impulso para se criar coisas novas”, conclui. O grupo existe há um ano e meio e o repertório é calcado no samba-jazz.
“Foi um prazer ser convidada. Eu estava fora de Santos. Foi uma desculpa para voltar à cidade, minha casa. É uma alegria. Você consegue trabalhar e ouvir um monte de gente que você gosta. Eu não vinha de São Paulo há mais de seis meses. Estou super feliz, no meio de tanta gente legal, que admiro e ouço há tanto tempo”, celebra a cantora Babi Mendes, finalista do Prêmio da Música Brasileira 2012, na categoria Álbum em Língua Inglesa. Ela canta acompanhada de sua banda dia 16, 18, no Palco da Rua XV de Novembro.
Sobre o festival:
São quatro dias de shows, 14 horas de música e cerca de 200 músicos envolvidos. Estão programados workshops com Hermeto Pascoal, Michel Leme, Luis do Monte e Mauro Hector. Toda a programação, gratuita, e que inclui André Christovam, Heraldo do Monte, Yamandu Costa, Filó Machado, Roberto Sion, Arismar Espírito Santo, entre outras feras musicais, acontecerá em ruas e boulevares do Centro Histórico do município, Bolsa Oficial do Café e nos teatros Coliseu e Guarany.
O festival é patrocinado pela Vale Fertilizantes, através da Lei Rouanet. Tem o apoio do Governo do Estado de São Paulo, da Escola de Música &Tecnologia (EM&T), do Senac e da Odebrecht Realizações Imobiliárias. Além do apoio institucional do Museu do Café e do Santos e Região Convention & Visitors Bureau. A realização do Santos Jazz Festival é da DC Produções, GPA Cultural e da Associação dos Artistas. A correalização é da Prefeitura de Santos e a Produção Cultural de Jamir Lopes.
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1 comentários/comente ...:
A princípio fiquei feliz com a iniciativa do "Santos Jazz", mais após saber e confirmar a farta distribuição de convites de abertura para os amigos, políticos,escolhidos dos amigos, amigos de buteco e etc.E deixando para o resto da população as poucas sobras de convites que restaram.Pergunto qual a seriedade e sucesso de um evento feito com dinheiro público onde na "Abertura" do evento os organizadores se apoderam dos convites "publicos" para entregar aos amigos e etc.
Santos é realmente uma cidade que precisa mudar, acredito que devemos mudar também as pessoas que são dirigentes e possuem uma mente pequena.
Mais tranquilo, meu contato com o Hermeto e sua música é maior que essa vaidade "Cultural" santista.
Festival de Jazz não é isso não....
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